sábado, 22 de dezembro de 2007

Feliz Natal e Ano Novo para as jubartes!

Não haverá caça às baleias jubarte nesse verão antártico.
Na manhã desta sexta-feira (21/12/2007), Bill Hogarth, Presidente da Comissão Internacional Baleeira (IWC) enviou uma Comunicação Circular a todos os Governos Contratantes e Comissionários informando-os que o Governo do Japão, através do Vice-Presidente Morimoto, concordou em adiar a caça de baleias jubarte de seu "programa de pesquisa" antártico pelo menos até após o Encontro Anual de Junho de 2008. Ele ainda relatou que o Governo do Japão está querendo fazer isto de modo a reduzir tensões entre os membros e participar do processo que ele iniciou em Anchorage e que será levado adiante nos próximos meses. Este processo buscará melhorar o modo como as negociações na IWC são conduzidas (este será o foco do encontro interssecional de março de 2008), e subseqüentemente incluirá discussões sobre muitos temas, incluindo caça baleeira costeira de tipo pequeno e uso não letal de cetáceos.
With best wishes for the forthcoming holiday season and for the New Year. (Dr Nicky Grandy - Secretário da Comissão Internacional Baleeira)

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Boas novas para as baleias!

Temos boas notícias a relatar! A Islândia recém encerrou sua caça comercial de baleias, justificando para tal decisão a falta de mercado para venda de carne de baleia.

A decisão da Islândia é uma grande vitória para esses mamíferos. Mas o governo islandês deixa aberta a possibilidade de retomar a caça se demanda por carne de baleia crescer ou se a Islândia receber permissão para exportar esse tipo de carne ao Japão.

Como a decisão do governo foi embasada em aspectos econômicos e não em conservação, é importante para todos envolvidos na comunidade conservacionista, aplaudir a decisão da Islândia de cancelar a caça e encorajar o governo a terminar
definitivamente toda a caça de baleias.

Por favor, clique em http://go.care2.com/e/s.hC/nFXc/Objh para agradecer à Islândia por cancelar a caça comercial de baleias, e encorajar o governo islandês a terminar permanentemente a atividade baleeira. Obrigado!
A foto acima é de Care2.com (http://www.thepetitionsite.com/takeaction/987794861?z00m=9651077)

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Preocupações com o aumento da radiação UV atingindo a biosfera

Sítio geográfico da estação antártica polonesa Henryk Arctowski, na ilha King George, Shetlands do Sul [Foto: U.F. Bremer, 2004]

Que efeitos tem a radiação UV sobre os ecossistemas antárticos?

A camada de ozônio protege a Terra dos
danosos raios ultra-violetas (UVB em particular), que podem causar câncer de pele. No oceano Austral, os raios UV podem ser letais para o plâncton e o próprio krill.

Estudos têm mostrado que a exposição a níveis crescentes de UV podem resultar na redução da produção primária e em mudanças na estrutura de comunidades. Como o fitoplâncton e algas do gelo constituem a base da cadeia alimentar marinha antártica, qualquer mudança na produtividade sazonal destes organismos pode levar efeitos de longo alcance a todo o ecossistema marinho antártico. É necessário aprofundar os estudos sobre os efeitos potenciais de raios UV sobre bactérias, eufausídeos, ovos e larvas de peixes, e os efeitos dos ultra-violetas sobre o DNA - tanto os transitórios quanto os permanentes.

Prever a resposta dos ecossistemas ao incremento da radiação UV é necessário para se conhecer o efeito dos UVs sobre os organismos principais. É preciso que pesquisas científicas enfatizem a quantificação do impacto dos UVs sobre a produtividade, atividade metabólica e bioquímica celular das espécies antárticas. Ênfase também deve ser dada na determinação da adaptação destes organismos para mitigar os danos por UV. Junto a estudos dos efeitos de ultra-violetas sobre a química da água, tais pesquisas contribuirão para a compreensão dos impactos de UVs nas cadeias alimentares e ciclos biogeoquímicos.

A depleção da camada de ozônio está aumentando?

Acampamento brasileiro-alemão na calota de gelo da ilha King George, 1997/98 (Fotografia: Mathias Braun).

O "buraco" sobre a Antártica apareceu mais cedo

Mais uma preocupação para os ecossistemas antárticos: o buraco na camada de ozônio sobre a Antártica apareceu mais cedo que o usual em 2007, disse a Organização Meteorológica Mundial (WMO), em sua sede em Genebra (Suíça), em editorial emitido dia 28 de agosto.
A agência especializada das Nações Unidas para o tempo e clima disse que "ainda é muito cedo para dar uma declaração definitiva sobre o desenvolvimento do buraco deste ano e o grau de perda de ozônio que ocorrerá. Isto dependerá, em grande parte, das condições meteorológicas". Ainda não está claro se o buraco de ozônio, que espera-se continuar a crescer até o início de outubro, será maior que o seu tamanho recorde em 2006.

Tendências
Enquanto o uso de cloro-fluor-carbonos que decompõem a camada de ozônio tem decaído, a WMO disse que grandes quantidades de cloro ou bromo permanecem na atmosfera e provavelmente continuarão a provocar buracos na camada protetora por anos a fio.
O relatório da WMO afirma que "embora as substâncias decompositoras de ozônio estejam decaindo lentamente, não há sinal de que o buraco de ozônio da Antártica esteja ficando menor", diz o relatório.
A WMO e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) têm declarado que até 2049 o buraco de ozônio provavelmente retornaria aos níveis anteriores a 1980, sobre a maior parte da Europa, América do Norte, Ásia, Oceania, América Latina e África. Mas, na Antártica, as agências disseram que a recuperação da camada de O3 retardaria até 2065.
Geir Braathen, uma autoridade científica sênior do programa ambiental e de pesquisa atmosférica da WMO disse que o buraco de O3 pode chegar ao extremo sul da América do Sul em 2007.

[fonte: Jamaica Observer, 29/08/2007. Para mais informações, veja a publicação da WMO (Antarctic Ozone Bulletin), que pode ser encontrada em http://www.wmo.ch/pages/prog/arep/documents/ant-bulletin-1-2007.pdf]

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Aker Seafoods se expande na Espanha

A companhia norueguesa Aker Seafoods ASA, a maior pesqueira e processadora de pesca da Escandinávia, operando 14 navios de pesca oceânica, agora está se expandindo na indústria pesqueira espanhola. Através da aquisição de uma participação majoritária na Pesquera Ancora S.L., a Aker Seafoods ganha o controle de 4 traineiras espanholas com direitos de pesca.

Além de uma captura estimada total de 50.000 toneladas de peixe e crustáceos (predominantemente krill) em 2007, a Aker herda agora, com a Pesquera Ancora, os direitos pesqueiros e a posse de cerca de 24% das cotas espanholas na Comissão de Pesca do Atlântico Nordeste (NEAFC) e em áreas da Organização de Pesca do Atlântico Noroeste (NAFO). Para 2007, isto significa mais de 2.300 toneladas de quota de bacalhau, o que corresponde a aproximadamente 3 licenças de pesca de bacalhau norueguesas.

Esta companhia, que emprega cerca de 1200 pessoas e tem lucro anual de 280 milhões de euros, também controla 23,8% das ações da Faeroe Seafood, que opera traineiras e 5 plantas de processamento nas Ilhas Feroé. Além do mais, ela opera 6 plantas de processamento na Noruega e outras 5 na Dinamarca, processando um total de aproximadamente 90.000 toneladas de produtos alimentícios marinhos.

A ambição da Aker, é fornecer alimentos marinhos de primeira classe aos consumidores de todos os principais mercados europeus. A companhia, que já usufrui de uma forte presença nos mercados norueguês e francês, agora entra na Espanha. Segundo Yngve Myhre, presidente executivo da Aker Seafoods "Pesquera Ancora tem longas tradições de enviar peixe para as demandas dos consumidores da Espanha, que é um dos maiores mercados de pescado na Europa, e portanto proverá à Aker Seafoods um excelente canal de distribuição neste importante mercado de pesca, servindo-o produtos frescos, congelados e salgados de alta qualidade". (fonte: www.fishfarmingxpert.no)

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Selos brasileiros comemorativos ao Ano Polar Internacional (2007-2008)

Foi emitido pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), em 13 de março, um se-tenant de 3 selos comemorativos ao Ano Polar Internacional (API). O logotipo do API destaca-se no plano superior do primeiro selo, tendo abaixo o navio de apoio oceanográfico da Marinha do Brasil, NApOc Ary Rongel. Comandante Ferraz , a estação antártica brasileira, é o principal elemento no selo central. Um pingüim imperador "observa", no terceiro selo, um mosaico de imagens de satélite do continente antártico com a logomarca do Programa Antártico Brasileiro sobreposta na posição polar. (criação de Wilsimar Catarina)
Mais informações: http://www.correios.com.br/selos/selos_postais/selos_2007/selos2007_03.cfm

domingo, 10 de junho de 2007

Segue a corrida pelo krill antártico

A Diretoria Norueguesa de Pesca expediu 4 licenças de arrasto de krill na Antártica, no final de maio. Duas licenças foram dadas à Aker Biomarine Antarctic AS, uma à Ervik Marine Services AS e a outra à Krill Seaproducts AS. A pesca ocorrerá em áreas controladas pela Convenção sobre a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos Antárticos (CCAMLR).

Um total de 12 pedidos de licenças de pesca foram recebidos, mas a Noruega somente pode expedir 4 licenças através de sua filiação à CCAMLR.

"As permissões foram concedidas aos pleiteadores que se encontravam de acordo com regras", disse Truls Konow, diretor do Norwegian Directorate of Fisheries.

Os muitos aspectos considerados pela diretoria incluíram: - A conexão que o pleiteador tem com a Noruega; Preocupações ambientais, especialmente com respeito ao navio, tecnologia de captura, produção e dejetos da atividade; Aspectos financeiros; Experiência e
know-how relativo ao krill; Pesquisa e desenvolvimento.

No início do processo esperava-se que Aker Biomarine Antarctic AS também pleiteasse por uma licença para seu navio
Saga Sea, operando atualmente com uma licença de pesquisa, e outra licença para um navio a ser construído.

Todavia, como relatado em FIS.com no início do ano, a companhia decidiu repentinamente retirar o navio Atlantic Navigator da produção de surimi numa joint venture com um parceiro das ilhas Färöe.

Na postagem abaixo, as operadoras e seus navios que conseguiram licenças para a próxima temporada de pesca no oceano Austral. (Fonte: http://www.mercopress.com/vernoticia.do?id=10612&formato=html)

Navios de operadores noruegueses que estarão capturando krill na próxima temporada de pesca em áreas da CCAMLR

Aker Biomarine Antarctic AS
Navio: Saga Sea, construído em 1974. Comprimento: 92 m, peso: 877 t - Classe: 1A1 ICE-C Stern Trawler

Aker Biomarine Antarctic AS
Navio:
Atlantic Navigator, construído em 1996. Comprimento: 96 m, peso: 4065 t - Classe: 1A1 Stern Trawler

Krill Sea Products AS
Navio:
Vlieborg, construído em 1999. A ser remodelado para esta operação. Registro holandês como Navio de Carga Geral; Pesa 8687 t

Ervik Marine Services AS
Navio:
Juvel
Originalmente foi pleiteada uma licença para o navio Hercules, todavia, ele foi destruído num trágico indêncio no sudeste do Pacífico, ao largo da costa do Chile. Até 30/05/2007, não se tinha informação sobre o navio que o substituiria. (Fonte: FIS.com - http://www.mercopress.com/vernoticia.do?id=10612&formato=html)

quinta-feira, 31 de maio de 2007

No dia 29 de maio, ocorreu a abertura oficial da reunião anual da Comissão Internacional Baleeira, (IWC) em Anchorage, no Alaska (EUA). Nesse dia, um grupo de ativistas da Federação Sul-Coreana pelo Movimento Ambiental (KFEM, Amigos da Terra Coréia do Sul) promoveu um ato anti-baleeiro em frente à Embaixada Japonesa em Seul, clamando o Japão a parar imediatamente a caça de baleias. Desde que a IWC baniu globalmente a atividade baleeira comercial em 1986, o Japão tem caçado uma cota determinada desses mamíferos para "estudos científicos", o qual ambientalistas denunciam como uma desculpa esfarrapada para manter flutuando a naufragante indústria baleira japonesa. Nesse ato, o especialista em atividade pesqueira, Yeyong Choi, ativista do KFEM e consultor do Projeto de Conservação do Krill Antártico, ressaltou à imprensa a importância do krill na alimentação das baleias, além de esclarecer outras questões antárticas. Ao alto na ilustração, o krill e a baleia minke [foto e arte: KFEM].

domingo, 25 de março de 2007

O krill e o Ano Polar Internacional

(foto: Paula Debiasi, 2006)
O Ano Polar Internacional (API), lançado oficialmente no dia primeiro de março, é um extenso programa científico, organizado pelo Conselho Internacional de Ciências (ICSU) e a Organização Meteorológica Mundial (WMO), com enfoque na pesquisa sobre a Antártica e o Ártico. Milhares de cientistas de mais de 60 países passarão os próximos 2 anos estudando temas biológicos, físicos e sociais com impacto em ambas as regiões polares.

O Ano Polar Internacional fornece uma oportunidade muito excitante para apresentar um amplo espectro de projetos científicos, esforços globais de educação sobre as regiões polares e outras iniciativas para elevar a consciência ambiental e científica da população, envolvendo uma grande variedade de temas de pesquisa.

"A pesquisa sobre o krill antártico precisa ser um componente importante dos projetos do API", afirma Clifton Curtis, diretor do Projeto de Conservação do Krill Antártico (AKCP). Esse animal tem um papel central no ecossistema marinho antártico. Embora ele seja menor que um camarão, o krill exerce uma função primordial no Oceano Austral, onde centenas de espécies, incluindo focas, pingüins, albatrozes, petréis e baleias, dependem dele para sobrevivência. Para o geógrafo Ulisses Bremer, da UFRGS, "o krill é o 'arroz com feijão' do oceano Austral, remover esse elo vital significa levar toda a cadeia alimentar ao colapso nos mares antárticos".

Ainda não há sobrepesca do krill na Antártica, mas sinais incômodos surgem no horizonte. A sobreexplotação, o aquecimento global e outras mudanças relacionadas aos ecossistemas da região ameaçam o futuro do krill e de seus predadores. O Ano Polar Internacional oferece incontáveis oportunidades para assegurar que abundantes quantidades de krill continuarão parte do cenário antártico por um futuro longínquo.

Sobre o Ano Polar Internacional, visite www.ipy.org.
Para maiores informações sobre o krill, pressões sobre a abundância de krill e reformas necessárias nas leis internacionais, veja
www.krillcount.org.

Contatos com a Imprensa:
AKCP Brasil - Ricardo BRAGA (burgobraga@gmail.com)
NAT Brasil - Silviene Puccinelli (imprensa@natbrasil.org.br)

sábado, 17 de março de 2007

Família antártica e o krill naturalmente processado


Pingüins antárticos (Pygoscelis antarctica) da ponta Telefon, ilha King George, sob uma daquelas chuvas que aceleram o derretimento da neve na Antártica marítima. Essas chuvas também lavam as rochas, transportando os dejetos dos pingüins para os locais mais baixos no terreno das pingüineiras, e indo o restante até o mar. Produzido pelos pingüins ao digerirem krill e outras presas, esse guano (o material avermelhado e branco, parecendo lama, na foto) é muito importante para os solos antárticos, pois ele é o fertilizante natural que possibilitará aos locais de ninhais abandonados serem colonizados pela vegetação. [foto: U.F. Bremer, 2004]

terça-feira, 13 de março de 2007

Albatrozes na convergência antártica

Fáceis de avistar, pois seguem de perto os navios, os albatrozes Diomedea melanophris (em inglês: black-browed albratoss; em espanhol: albatroz de ceja negra) atingem cerca de 80 cm de comprimento e entre 1,95 m e 2,03 m de envergadura, sem dimorfismo sexual. Ocasionalmente são vistos semi-submersos, buscando presas próximas da subsuperfície oceânica como o krill, lulas e pequenos peixes. [foto: U.F. Bremer, 1995]

Pondo regras para captura de krill: a CCAMLR

O continente antártico está rodeado pelo Oceano Austral, por sua vez delimitado pela Convergência Antártica (conhecida também como Zona Frontal Antártica ou Frente Polar). Formada pela confluência das correntes geladas do oceano antártico e as águas temperadas dos oceanos ao norte, tal convergência atua como uma barreira biológica fazendo do Oceano Austral um ecossistema quase fechado.

A Convenção para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos Antárticos - CCAMLR (sigla em inglês, pronuncia-se ‘camelar’) - entrou em vigor em 1982 como parte do Sistema do Tratado Antártico, em conformidade com as disposições do artigo IX do Tratado.

Em seu establecimento pautou-se pela necessidade de considerar as graves conseqüências do aumento das capturas de krill no Oceano Austral nas próprias populações de krill e na fauna marinha, especialmente as aves, focas e peixes que dependem em grande parte do krill para sua subsistência.

Embora o objetivo da Convenção seja a conservação da vida marinha do Oceano Austral, ela não exclui a possibilidade de sua explotação, desde que esta se realize de maneira racional.

Atingir este objetivo não é algo simples pois requer a recompilação de um grande volume de informações e a formulação de técnicas científicas e analíticas adequadas.

Se estableceu um critério ‘precautório’ para minimizar o risco associado às práticas insustentáveis em condições de incerteza.

Este enfoque se complementa com o ‘enfoque ecossistêmico’ que considera as interações ecológicas entre as espécies e a variabilidade ‘natural’, diferente da variabilidade ‘induzida pelo ser humano’.

Por último, as medidas de conservação adotadas pela CCAMLR se baseiam na assessoria científica disponível e o seu cumprimento determina o grau de sua eficácia.

Na medida em que os recursos adquirem maior importância econômica, a tentação de ignorar as medidas de conservação e regulamentação aumenta, com a conseqüente ‘pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (IUU)’.

A imensidão do Oceano Austral, somada às condições inóspitas de seu entorno, obstaculizam sobremaneira a aplicação e o controle das medidas da CCAMLR para combater la pesca IUU por parte de seus países membros.

A Convenção estabeleceu uma Comissão encarregada da gestão dos recursos vivos marinhos em sua área de aplicação.

Estes recursos não incluem as focas nem os cetáceos, já que sua proteção está regulamentada por outros acordos, em particular, a Convenção Internacional para a Regulamentação da Caça de Baleias e a Convenção para a Conservação das Focas Antárticas.

Não obstante, a Comissão trabalha em plena cooperação com os órgãos encarregados de aplicar estes acordos.

A Comissão conta com vários instrumentos, a saber:

- um Comitê Científico encarregado de prestar assessoramento,
- reuniões ordinárias,
- uma Secretaria que presta apoio administrativo; e
- um orçamento anual.

Todos os membros da Comissão participam da pesca ou de pesquisas científicas no Oceano Austral. A Comissão e o Comitê Científico coordenam e regulamentam estas atividades para que os membros possam cumprir com suas obrigações dispostas pela Convenção.

(Fonte deste texto: www.ccamlr.org - versões originais em espanhol, francês, inglês e russo. Traduzida por U.F. Bremer)

Krill antártico na Filatelia

Ilustração de S. Malecki para um selo polonês, representando o krill e, em segundo plano, plankton do oceano antártico.
O navio que ilustra o plano superior do selo, é o M/S Antoni Garnuszewski, utilizado para pesquisa oceanográfica e apoio logístico nas Expedições Antárticas Polonesas de 1977/78, 1978/79 e 1988/89.

domingo, 11 de março de 2007

Krill, que bicho é esse?

Krill é um termo usado para descrever mais de 80 espécies de crustáceos de mar aberto, da família dos eufausídeos (Euphausiidae). O krill antártico é parecido com um pequeno camarão de aparência translúcida e carapaça avermelhada, com grandes olhos pretos. Estamos falando, principalmente, do Euphausia superba, que pouco ultrapassa os 6 cm quando adulto e pesa cerca de 2 g. Alguém poderia achar que tal animal teria pouco significado. Mas sua opinião certamente mudaria ao saber que em 1 m cúbico podem caber cerca de 30 mil deles, que eles vivem em gigantescas aglomerações de milhões de indivíduos, e que são fundamentais na cadeia alimentar no oceano Austral e para os animais que migram para a Antártica no verão do hemisfério Sul.
(ilustração: U.F. Bremer - "arte" sobre recorte fotográfico extraído do livro
Ecologia, de S. Pollock, 1994 - editora Globo, SP.)