terça-feira, 4 de setembro de 2007

Preocupações com o aumento da radiação UV atingindo a biosfera

Sítio geográfico da estação antártica polonesa Henryk Arctowski, na ilha King George, Shetlands do Sul [Foto: U.F. Bremer, 2004]

Que efeitos tem a radiação UV sobre os ecossistemas antárticos?

A camada de ozônio protege a Terra dos
danosos raios ultra-violetas (UVB em particular), que podem causar câncer de pele. No oceano Austral, os raios UV podem ser letais para o plâncton e o próprio krill.

Estudos têm mostrado que a exposição a níveis crescentes de UV podem resultar na redução da produção primária e em mudanças na estrutura de comunidades. Como o fitoplâncton e algas do gelo constituem a base da cadeia alimentar marinha antártica, qualquer mudança na produtividade sazonal destes organismos pode levar efeitos de longo alcance a todo o ecossistema marinho antártico. É necessário aprofundar os estudos sobre os efeitos potenciais de raios UV sobre bactérias, eufausídeos, ovos e larvas de peixes, e os efeitos dos ultra-violetas sobre o DNA - tanto os transitórios quanto os permanentes.

Prever a resposta dos ecossistemas ao incremento da radiação UV é necessário para se conhecer o efeito dos UVs sobre os organismos principais. É preciso que pesquisas científicas enfatizem a quantificação do impacto dos UVs sobre a produtividade, atividade metabólica e bioquímica celular das espécies antárticas. Ênfase também deve ser dada na determinação da adaptação destes organismos para mitigar os danos por UV. Junto a estudos dos efeitos de ultra-violetas sobre a química da água, tais pesquisas contribuirão para a compreensão dos impactos de UVs nas cadeias alimentares e ciclos biogeoquímicos.

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