quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Ciência e matança


O programa “científico” japonês de caça baleeira antártica, conhecido como JARPA ou "Scientific Whaling", desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa de Cetáceos (ICR), teve início em 1987, em seguida à moratória da caça comercial de baleias. O Japão diz que sua pesquisa objetiva reverter essa proibição, fornecendo evidências de que esses mamíferos podem ser caçados de modo sustentável.
Críticos dizem que esta atividade, apesar de limitada, trata-se de um disfarce para a caça comercial de baleia. Isto porque a carne é vendida como alimento pela Kyodo Sempaku, e porque as baleias não precisam ser mortas para se obter a informação requerida sobre estrutura e números populacionais. Até 2005, o Japão matava um máximo de 440 baleias minke das espécies antártica (Balaenoptera bonaerensis) e anã (B. acutorostrata subspecies) no oceano Austral a cada verão. Recentemente aquela quota foi duplicada, e no ano passado o programa japonês afirmou que caçaria 50 baleias de cada uma das espécies ameaçadas, fin (Balaenoptera physalus) e jubarte (Megaptera novaeangliae), pela primeira vez após décadas sem caçá-las. Porém, recuou “temporariamente” após intensa pressão política e por problemas logísticos tendo ficado em 551 o número de minkes mortas ao termino da temporada de caça (ver: http://www.environment.gov.au/coasts/publications/pubs/iwc-factsheet-whaling.pdf).
Até agora, a principal tese defendida pelo programa japonês foi que as baleias devem ser mortas para conservar os estoques pesqueiros – uma idéia ridicularizada pelos experts em pesca.
Para ver o artigo completo "Whales losing blubber, claims controversial Japanese study", acesse o portal do periódico britânico The Guardian em http://www.guardian.co.uk

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